quinta-feira, 20 de novembro de 2008

donzela minha

A nuvem estava ali parada.
Não muda de forma ,não se mexe
Igual a todas as tardes
Cristina questiona-se acerca
do que podia pensar.
A vida dela,vazia e desprovida
de alegria da mudança.
De calor, do abraço de um irmão.

A janela estava por um manto
vermelho coberta.O jardim pousado
em cima de adubo e humus,era-lhe
invisivel,tristes seus olhos brancos eram.
Pai havia morrido na guerra,
Mãe não mais era que o exterior
de uma deusa grega e o interior
do caixote do cão.

Pobre donzela,na torre presa,
cega surda e muda
Nao sabe se é bela
nao sabe que é cega
Pobre donzela,anseia pelo dia
pelo dia do seu principe....
Pobre donzela

4 comentários:

и ι к к у disse...

Maravilhoso!! Simplesmente maravilhoso!

Bazil disse...

Creio que fizeste um auto-retrato extremamente realista, excepto na parte de ser bela, que ai discordamos xD

Balbino disse...

Grande qualidade! Muito bom, Ricky! =)
Estou orgulhoso!
Abraço!

Balbino disse...

Quando é que temos mais textos destes?