terça-feira, 3 de junho de 2008

A Casa do Guia

Sentei-me num banco na porta daquela casa
daquela casa perdida à beira-mar.
Nas janelas sete buracos correspondiam
a sete geraçoes de viajantes que ali paravam.
A sombra do telhado tapava-me os olhos,
um sono descia sobre o meu mundo,
e aí aparecia o guia!
Um homem vivido, um pescador,
que regresava a casa, sempre que as ondas apertavam
no mar, ou na terra.
Os seus pes caminhavam sobre o cascalho,
acordando levemente os estranho que dormiam um sono viajante.
Perdi o destino, o sentido, a direcçao que tomava
e encontrei aqui a paz que esperava.
Nos olhos daquele homem
estableci contacto com uma natureza perdida,
com o verde do mar e o azul das folhas das arvores.
Despertei para um mundo novo,
onde a casa era uma porta de entrada.
Levantando as asas, ajoelhei-me, beijei-lhe a mão
agradeci-lhe e fugi com a curiosidade de uma criança
em busca do sitio onde serei feliz

1 comentário:

100 AsssunTTo disse...

Adorei!!!! H+a muito tempo que não sorria com uma poesia... Adorei a forma doce e inocente como retrataste a devoçao e o carinho para alem do amor.
ADOREI MESMO!!!